13junho

Indústrias sentem efeitos da falta de insumos

A indústria brasileira está sofrendo com a falta de matérias-primas em vários setores da economia. A escassez desses insumos também é responsável por reajustes de preços de até 170%, atingindo toda a cadeia industrial e chegando, claro, aos consumidores finais. 


Alta do dólar


Muitas das matérias-primas são cotadas em dólar, por terem mercado no mundo todo. A valorização da moeda americana, fez com que esses insumos ficassem ainda mais caros e escassos.


Segundo o diretor de Economia e Estratégia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), André Rebelo, o suprimento de matéria-prima até vem melhorando devagar, mas os preços não estão baixando. Além disso, ele destaca que o preço não vai voltar ao patamar pré-crise, pois o mundo mudou.


A escassez de insumos para indústria e preços altos estão em diversos setores da indústria, da microempresa ao fabricante de eletrodomésticos, passando pela construção civil.


De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), 84% das 206 empresas consultadas em pesquisa da entidade responderam, em março, que há desabastecimento de aço em suas regiões. O prazo médio de entrega chega a 90 dias, para 26% dos empresários. Antes, um atraso desse tamanho só atingia 6% dos empresários.


Quando a construtora não consegue comprar direto da siderúrgica, precisa ir na distribuidora e se depara com um valor muito alto. É preciso do choque de oferta para restabelecer o equilíbrio com a demanda. Para isso, a proposta da Cbic é a redução imediata do imposto de importação.


Móveis: As fabricantes de móveis e colchões dizem que há falta de ferragens, vidros, painéis de madeira, como MDF, aço e espumas. Conforme Segundo a Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimovel), quem encontra o insumo e consegue produzir enfrenta dificuldades para, depois, distribuir o produto por falta de embalagens de papelão, plástico e vidros.


Embalagens: Em função da pandemia, parte do que as pessoas pararam de gastar com lazer foi para a compra de bens, como eletrodomésticos, por exemplo. Tudo isso é embalado em papelão. Há ainda o crescimento do delivery de alimentos e compras online, aumentando o uso de embalagens de papel e papelão. Resultado: disputa por papel e papelão na indústria.


Microempresa: 91% das micro e pequenas indústrias dizem que a alta de preços das matérias-primas é o maior entrave à produção neste momento, segundo pesquisa de fevereiro do Datafolha a pedido do Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo (Simpi). Para 65% desses empresários, falta matéria-prima, e para 58%, há atrasos na entrega.


Pontos para a causa da escassez: 


Paradas da produção: em função da covid-19, muitas partes da cadeia da indústria interromperam a produção no segundo trimestre de 2020. Quando os municípios reabriram suas economias, os estoques não deram conta dos pedidos.


Concorrência mundial: Na hora de refazer os estoques de insumos, a indústria viu uma disputa maior pelos mesmos produtos. A atividade econômica em outros países voltou com força, especialmente na China, que comprou muito minério e aço, por exemplo. Essa disputa provocou escassez e aumento dos preços.


Dólar caro: Os preços subiram também porque o dólar se valorizou. Antes da pandemia, no fim de janeiro de 2020, ele valia R$ 4,29. Atualmente já ultrapassou a casa dos R$ 5,00.

Com dados: Vidro Impresso, Sienge, Abravidro 

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